...mas arrependo-me...para o resto da vida...


"Já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, e também já decepcionei alguém e agora já sei o que elas sentem mas sempre dei uma segunda oportunidade porque toda a gente erra!

Já abracei para proteger, já me ri quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, “e bati com a cara no chão muitas vezes”!

Já me culparam de coisas que nunca fiz e já culpei pessoas por coisas nunca feitas. Já passei por mau da fita só para proteger alguém, já fui o bom da fita mesmo não querendo ser reconhecido.
Já sofri por alguém e alguém já me fez sofrer.
Já fui amigo por acreditar mas nunca deixei de o ser por duvidar.

Já chorei a ouvir música e a ver fotografias, já liguei só para ouvir uma voz, já me apaixonei por um sorriso e principalmente por (UM CERTO) olhar, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial.

Já dei tudo o que tinha e já recebi muito. Já ajudei e fui ajudado.

Mas vivi muita coisa, passei por muito, sofri muito mas acredito nas pessoas... acredito que elas erram tal como eu, mas sei o que sou... sei que sou quem vêm... não sou o que falam...

Sou amigo... sempre fui e provei-o muitas vezes... posso ter falhado alguma vez... uma unica vez... por desconfianças, algumas válidas outras não... mas arrependo-me... para o resto da minha vida.


A todos que visitaram este blog, que fizeram comentários, enviaram mensagens e fizeram perguntas, aqui deixo uma pequena declaração:
Não é segredo a pessoa de que gosto... acho que todos os que nos rodiavam se aperceberam disso embora nunca tenha revelado o seu nome. Para além de ser uma Amiga de alguns anos sempre foi uma pessoa de quem gostei e muito, embora só à pouco tempo lhe tenha revelado por termos as nossas próprias vidas... diferentes.
Não vou mentir ao dizer que queria que tudo se tivesse passado... a quem interessar posso dizer que nada se passa...
Existe apenas uma amizade que quero manter... porque provamos a ambos que o somos... Amigos!
Quero também pedir desculpa a quem se tenha sentido incomodado com essa situação, a quem por muito tenha tentado esconder cumplicidades e não o tenha conseguido, a quem se sentiu de certa forma trocado, a quem tenha interesse nesta pessoa.
Este blog começou à poucos dias e termina mais cedo do que previsto...mas fica acessível para ser recordado por todos. Não é um Adeus...é um até depois...talvez noutras paragens...noutro lugar... ou talvez não, porque ficou a mágoa... ficou a dor... ficou a desilusão mas não ficou o perdão.
Para que não haja duvidas, tudo o que aqui foi escrito foi dedicado a essa pessoa.

*Uma lágrima*
Sentado ao lado dela
espreitei nos seus olhos uma lágrima,
e em meus lábios uma frase a perdoar;
falou o orgulho,
em pergunta inconveniente,
seu pranto secou,
senti nos lábios essa frase expirar.
Eu vou por um caminho,
ela por outro;
mas, ao pensar no sentimento que nos prendeu, digo ainda:
Porque não me calei aquele dia?
E ela dirá: porque não lhe pedi eu para ficar?
Recordarei essa lágrima que apanhei e que guardei...para sempre.


Por aqui me fico... apenas quero dizer que o que ela me deu, embora ela diga que não era o suficiente... eu afirmo que foi, que me deu muito e que fez muito por mim. Atravesso um dos momentos mais delicados da minha vida... sinto-me só... completamente só e ela foi que me segurou... quem me incentivou... quem me segurou na mão... quem me fez deixar de sentir esta solidão... foi ela que me fez sentir apaixonado de novo... por isso tudo... Obrigado!


P.S. Se vou ter esperança?... Claro, quando se ama tem se sempre esperança... mesmo não se estando presente!


Recordem-me... mas com um sorriso (",)
Paulo Benza (Moonwisher)

O meu sonho morreu...

Perder-te para a morte
seria aceitável.

Perder-te por incompatibilidade de feitios
seria tolerável.

Perder-te para outro
seria decepcionante.

Perder-te por falta de amor
seria frustrante.

Mas, perder-te da maneira que te perdi… por culpa minha
é inconsolável e imperdoável.

Sim, sou culpado…assumo-o!
Sei que errei… arrepender-me-ei para o resto da vida.


Lembrarei o passado

e com ele, lacrados,
desenganos, fracassos,
meus sonhos frustrados
e tudo que fez estrago
dilacerando meus planos.

Dos caminhos trilhados
retirei os meus passos
e seus resquícios amargos
cruzados com os meus...

O meu corpo viciado
de carinhos ousados,
no teu corpo sonhado
de olhos fechados

Apaguei as palavras,
falsidade incrustada
que deixei gravada
em noites geladas

Mudarei a história,
amarei mais que outrora...
mas serás tu que levarei na memória
O meu sonho morreu...

SEI QUE ERREI...


Sei que errei e reconheço constrangido
desatino de uma vida enclausurado
Tanto dela me privei de seus favores
Que agora quero dela tudo ou nada.

Eu vejo-me em meu erro consternado
Por pedir o seu perdão sem que o mereça
Reitero "mea culpa" angustiado
mesmo contando que não apareça

Despertastes dentro, em mim, um sentimento
Que há muito não sabia ensimesmado
E na ânsia de vivê-la intensamente
Dediquei-me a persegui-la ilusionado.

Redimir-me de tão grande insensatez
Compensar-te penso agora que preciso
Tenho a vida por viver sem teu amor
No ostracismo da paixão o meu castigo.

Do fundo do coração...

Irei passar a vida a tentar corrigir o erro que cometi na minha ânsia de acertar. Todo o erro tem um perdão quando nos dão uma chance de o corrigir.




"Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o Amor toma conta dele."


(Platão)

Estas palavras são para ti...




Estas palavras são para ti
que te escondes
atrás de um sorriso perfeito,
na muralha impenetrável
e tão cativante
do teu olhar.

Procurei em mim,
e no mundo
uma simples palavra
que te descrevesse
tal como és.

E fez-se silêncio
como se o meu interior
fosse uma grande sala vazia,
de conteúdo e de sentido.


És Mistério...
és Dúvida...
mas és tudo...
és sentido.
E só isso me basta.

Olha para mim
com esse teu olhar
e com esse teu sorriso,
que escondem
quem verdadeiramente és...
a pessoa de quem à muito
eu procurava.


Com simples gestos
demonstras mais do que dizes,
com simples gestos
mostras o que eu quero ouvir
e que não dizes...


Não tenho pressa
mas tenho desejo
e esse desejo és tu.

Com (B) escrevo Beleza...
Com (S) escrevo Saudade...
mas é com o (A) que escrevo... Amo-te!

Um dia...


Apetece-me dizer tantas coisas

Apetece-me contar um segredo

Apetece-me dizer-te mil palavras...

E nada digo com medo


Mas a boca cala e não sai nada

E no silêncio de uma noite aclarada

Escrevo tudo...

O que me vai na alma...

e no coração confuso...

Vai permanecendo a calma...

nas palavras que uso


O que quero contar...

O que quero gritar...

O que quero dizer...

sem nada comprometer...


E em silêncio...

Até amanhecer...

Mil palavras escrevo

Sem me aperceber...


Um dia vou contar

o que o meu coração sente

Um dia vou gritar

e vou pular de contente


Mas estou calado e apenas escrevo...

...em silêncio!

Espero esse dia chegar

Será a libertação

de tudo o que o coração

quer contar


No meu quarto aqui estou

a pensar no que escrever

sobre o que o coração despontou

e que não posso dizer


Um dia...

Um dia talvez o possa dizer...

Sim...um dia.





Vive o momento e sente...


É tempo de fechares os olhos,

Sentir os meus dedos na tua pele...

Toques suaves que te percorrem o leito,

Suave, doce, quente.

Desejo que se acende,

Numa fogueira que arde com vigor...

Numa luz que desperta,

Big-Bang que acontece...

Deslizo num corpo de algodão,Seda, linho...

Suavidade neste caminho,

Momento de paixão.

Mãos que se prendem,

Que se tocam, que se sentem...Amarram-se,

A prisão de dois corpos,

Neste espaço...

Num universo só nosso,

Perdemos a noção do tempo...

O beijo que desperta,

Vulcão adormecido...

Percorro o cosmos como um cometa,

Realizo o teu desejo mais íntimo...

A força e a energia que liberto,Na loucura doentia...

Nesta noite de prazer,

Sentes que sou o teu homem....

Sinto que és a minha mulher.

O abraço que envolve,

Bebo tragos do teu corpo,

Doce néctar de paixão...

Bate forte o coração,

A respiração que não conseguimos controlar,

Entre palavras e sons...

Pedes-me o mundo, dou-te o céu....

Promessas, sonhos, Vidas que partilhamos...

Neste ninho de amor,

Liberta-se o sentimento dos amantes.

Fecha os olhos e sente...

Os anjos também choram...

Pessoas perdidas,

Caminhos distantes
Rostos escondidos
Com lágrimas de sangue...
Um muro de betão
Que se ergue bem alto...
Uma criança que chora,
Num silêncio total.
Caem bombas...
Num país longínquo,
O mundo não gira...
Morre lentamente.
Há palhaços sem circo...
Flores que ardem...
Palavras que se perdem,
Mares de tempestade.
Homens de costas voltadas,
Não querem olhar...
Gritos de revolta,
Manuscritos rasgados,
Que anunciam aos sete ventos,
A morte dos poetas.
Soltam-se as cordas...
De guitarras mortas,
Silêncios de angústia...
Acordes de mentira.
Trespassas com a espada,
A esperança perdida...
Justiça cega...
Balança partida.
Um fogo que queima...
Uma alma de dor,
Uma ferida que não cicatriza,
Um coração sem amor.
O rio que seca...
Mensagens secretas...
Ilusões dadas...
Por falsos profetas.
Galáxia sem estrelas,
Portas fechadas...
Famílias destruídas...
Vidas acabadas.
Céu nublado…
A chuva que cai,
Um brinquedo abandonado,
Na cidade despida,
Gotas do céu,
Poça de água no chão…
Reflexos de mãos abandonadas,
Mostram sinais…
De que os anjos também choram.

Olha para mim, uma última vez

Loucuras nos momentos,

Palavras que ecoam no tempo,
Levadas pelo vento…
Encontros e desencontros…
Início e fim,
Tão perto, numa fronteira limiar,
Desejos que se perdem…
Momentos que acabam…
Nada fica, tudo evapora.
Presente com quadros do passado,
Um futuro sem imagens do presente.
Batem as horas, o tempo que flúi,
Os minutos passam, e nada…
Nada é o meu mundo…
Dias de espera, por um sinal,
De um novo encontro,
De um novo abraço.
Olho a tua fotografia,
As lágrimas soltam-se…
Correm rios de prata,
Numa voz que se perde em silêncio...
Numa solidão que mata.
Orgulhos feridos, palavras cruéis,
Ditas sem sentido,
Na razão ou em demência…
Que ferem e trespassam o peito,
De quem ama, de quem sente.
Juras vazias, promessas de gelo,
Derretidas em cálices de fogo,
Quando partiste naquela manhã,
E me deixaste o sabor da dor.
Penso nesta imensidão…
O que significa para ti o amor…
Apenas gostava que olhasses para mim…
E visses como estou…
Uma vida vazia sem ti, onde nada é igual.
Sozinho no meu quarto…
Recordo o tempo em que sonhavamos ser dois.

Não fiques apenas nos caudais dos sonhos...


Nos meus sonhos,Vejo o teu rosto...
Deixo-me levar em intermináveis momentos,
Dos quais não quero acordar,
Sinto a aragem da manhã,
A percorrer, lentamente, a minha pele despida,
Que me abraça e arrepia,
Desliza como néctar de luxúrias quentes,
Como o beijo que me prende,
Hipnotiza e me faz vibrar...Solto tudo o que há em mim,
Explosões titânicas de um corpo nu...
Que conquistas com o teu saber,
E percorres na imensidão,
Neste cosmos uno, todo teu.
Olhares que se trocam,
Espelhos de um amor sentido,
Acendem o calor do peito,
Em viagem de deleite no teu corpo me perdia...
Fluidos se soltam e que geram candelabros de fogo...
Metas de êxtase, feitas de respirações ofegantes,
Gestos e toques de plena magia.
Os teus braços acolhem-me,
Num espaço que me alberga e me dá prazer...
Abraços intermináveis, num mar de algodão,
Corpos colados que rodam e me fazem acreditar,
Sinto uma esperança cega, transporto como herança,
Nesta aurora que, lentamente, irá despertar,
Bate um coração que sorri,
Cadências em harmonias aceleradas,
Solta impulsos de desejos secretos,
Na procura, incessante, de ser feliz.
Ama-me meu amor, Eterniza o momento...
Eleva-me neste doce acordar,
Nesta realidade de poros de fantasia...
Para que não fique, apenas, nos caudais de um sonho...

Amanhã voltarei a ser... Feliz!

Cada pedra, um pedaço de tempo…


E o tempo, um pedaço do nada,

Feito de nada, vagueio no pensamento,

E em filamentos, encontro a minha morada.

O eco de uma voz lonjura,

Chama por mim ao vento…

Transbordo os sentimentos,

Em cálices derramados,

Das emoções da vida que bebi.

Quebrados, partidos, cacos de histórias,

Em centenas de histórias que a história contém,

Começam e acabam, em vazios cheios de nada

Do nada, ergui palavras…E nas palavras eu cresci.

Pode o sonho e a inspiração,

Criar rosas em espinhos,

Cantar com emoção o fado…

Beber das fontes com que escrevi.

Liberto a alma anunciada,

Abraço com o olhar, quem chama por mim…

Choro rios feitos de prata,

Nos momentos amargos que sofri.

Sofro, cresço, moldo, transformo…

Tenho as mãos calejadas pelo tempo,

O papel que seca a tinta que desliza,

Em sonhos de criança…

Declamo poemas de inocência,

Trago na boca a certeza…

Que amanhã voltarei a ser feliz.

O sol e a Lua...


Conta-se, que há muito o Sol andava tristonho pela Terra.
Os seus raios, já não eram tão "fortes " como antes e por mais que o fizesse, era sempre encoberto por alguma nuvem escura que percorria céu num forte vendaval. Os pássaros, as flores, os animais, todos se questionavam sobre o distanciamento do sol.
Numa manhã; que seria bem mais bonita, se o Sol estivesse com seu esplendor total; uma ave de um voo inigualável chamada Condor; arriscou-se e quis tentar conversar com o astro rei.O sol percebendo a dificuldade do Condor para se aproximar, tranquilizou-o dizendo:- Linda ave; de voo quase perfeito, porque queres chegar a mim, se estou por toda parte deste planeta?
O Condor ouvindo a pergunta do Sol respondeu-lhe, já exausto pelo voo: - Gostaria muito de saber o que te deixa tristonho. O planeta está quase sem tua luz: os pássaros já não sabem mais para onde ir; as flores, principalmente o girassol; já não sabe mais se fica acordado ou se dorme; os animais já não sabem mais se ficam nas tocas ou se saem para caçar; as lavouras estão se a perder... Está tudo tão confuso, que resolvi arriscar este voo e te perguntar qual seria o problema. O Sol percebendo a preocupação do Condor disse-lhe: - Não sabia que estava a causar tantos transtornos! Confesso que me absorvi nos meus pensamentos, que não me dei conta do que estava a fazer. Posso tentar solucionar isto tudo; prometo tentar...O Condor percebendo a " dúvida " que ficou nas palavras do Sol, ainda insistiu na mesma pergunta: - Mas o que está a acontecer, que te tirou a atenção do resto do mundo? Poderia te ajudar, se tu me dissesse o motivo. O Sol ainda encoberto, disse-lhe: - Acho tão difícil alguém me ajudar...Muito difícil mesmo... E já que estás disposto a conversar, diz-me: Já amas-te alguém Condor? O Condor apoiou-se nas encostas de uma montanha; abaixou sua cabeça sem olhar para o abismo e respondeu: - Sim, já amei... Amei uma linda ave, que não era um Condor... Amei e sonhei... Muito... E porque me perguntas isto? Tu que és o Sol! Que possuis mais dotes do que eu; que possuis o poder nas tuas mãos? Não é possível que não consigas conquistar o amor de tua amada? Qualquer dama se renderia à tua luminosidade; ao teu esplendor; ao teu magnetismo natural; ao teu calor...E antes mesmo que o Condor continuasse, o Sol o interrompeu dizendo: - Qualquer uma, menos ela...O Condor já intrigado de tanta curiosidade, então perguntou: - Quem Sol? Quem é ela? Que dama te ofusca os olhos?O Sol, então olhou para o infinito e disse-lhe com o semblante bem tristonho: - A Lua... A Lua, amigo!
Neste instante o Condor em respeito ao Sol, segurou seu sorriso e disse-lhe: - A Lua? Como é que tu te apaixonaste por ela? Como isso aconteceu?
O Sol percebendo o espanto do Condor, respondeu: - Aconteceu, que nos encontramos por algumas vezes... Em fracções de segundos em alguns lugares, mas nós encontramo-nos!Porque estás surpreso com isso?

O Condor percebendo que o Sol já se estava a exaltar, tentou explicar: - Por favor amigo, não quero que fiques nervoso comigo. Apenas estranhei a Lua ser tua amada...- Como estranhas-te? Nunca te perguntei quem tu amas-tee se tivesse dado certo,tu não me responderias da maneira como me respondes-te!O Condor então disse: - Sim, estás certo... Desculpa-me! O que estranhei, foi que tu viste muito pouco esta bela criatura, para te poderes apaixonar por ela.Neste instante o Sol então respondeu: - Sim muito pouco... Muito pouco mesmo... Mas nessas poucas vezes, olhei dentro dos olhos dela. Vi toda a beleza que ela trazia dentro de si... Olhei o seu coração... Senti-o bem próximo a mim... Acreditei naquele olhar... Vi cumplicidade... Vi entrega... Vi amor...O Condor, observou que o Sol lhe falava, mas seus olhos ficavam fixos no infinito, procurando talvez os olhos da Lua.Então disse-lhe: - Ora, ora amigo, tenho que pensar numa maneira de te ajudar. E te ajudando, estarei sendo ajudado... não só eu, mas todo o planeta!O sol com mais emoção então perguntou: - Como é que tu me poderás ajudar?- Devagar amigo! Primeiro preciso me encontrar com alguns amigos de hábitos nocturnos e depois darei te a resposta. E o Condor voando mais rapidamente e em menos de 5 horas; quase à noitinha, apareceu junto à encosta de uma montanha, onde o Sol já se reclinara para adormecer e disse-lhe: - Amigo, olha o que trouxe comigo! São vários amigos de hábitos nocturnos e todos eles estão dispostos a te ajudar, se tu continuares durante o dia no céu, mais forte do que nunca! É esta a única condição imposta por eles, para te ajudar!
O sol intrigado com tantos animais ao seu redor, então perguntou: - Então digam-me, o que vocês fariam?Neste instante uma coruja, com a filosofia bem experiente e sábia, disse-lhe: - Levaríamos à Lua, os teus recados; as tuas notícias...Tudo que precisares!
O Sol nesse momento e com grande satisfação ao dito pela coruja. sorriu aliviado dizendo: - Então digam a ela uma coisa muito importante; que nunca tive tempo para dizer; pois quando nos víamos, ficava tão preocupado pelo pouco tempo de encontro; que esquecia de lhe dizer... Digam a ela, que a amo! Que a amo, mais do que tudo! Que estarei sempre à espera para nos encontrarmos! Que serei guardião do dia e ela será a guardiã da noite... E trabalhando juntos, os dias e noites se passarão sem erros e nos veremos novamente! E quando nos encontrarmos novamente, a amarei mais e mais... Nem que demore meio século para este encontro, mas a amarei!Os animais neste instante emocionaram-secom a clareza e transparência do Sol. Agora sim, ele foi sincero em seu sentimento. Ele não o escondeu entre as nuvens escuras e não teve medo de falar o que sentia. E a noite chegou.
A primeira a levar o recado foi a coruja. Do alto de uma árvore, disse à Lua as palavras do Sol. Naquela noite, uma chuva muito branda mas " molhada ", molhou a Terra. Cada gota de água da chuva, representava emoções e sensibilidade da Lua. Cada gota de chuva representava lágrimas de amor da Lua! Lágrimas de esperanças... Lágrimas de satisfação... Lágrimas de confiança... Agora a Lua sabia que não estava só... E um dia, iria se encontrar novamente com o Sol... Nem que demorasse meio século... Mas o encontraria... Na imensidão do tempo... Ao " Sol " e a " Lua " que existem dentro de todo ser humano; que as nuvens e turbulências, apenas dêem um sentido maior a existência desses dois seres! ...Nós os dois…GMT

Há Amor...


Há amor amigo, Amor rebelde
Amor antigo, Amor de pele
Há amor tão longe, Amor distante
Amor de olhos, Amor de amante
Há amor de inverno, Amor de verão
Amor que rouba como um ladrão
Há amor passageiro, Amor não amado
Amor que aparece, Amor descartado
Há amor despido, Amor ausente
Amor de corpo e de sangue bem quente
Há amor adulto, Amor pensado
Amor sem insulto mas nunca tocado
Há amor secreto de cheiro intenso
Amor tão próximo, Amor de incenso
Há amor que mata, Amor que mente
Amor que nada te faz contente...
Há amor tão fraco, Amor não assumido
Amor de um só quarto que não faz sentido
Há amor eterno sem nunca talvez
Amor tão certo que acaba de vez
Depois... depois há o nosso
meio secreto meio escondido
que nao deixa de ser belo
que não deixa de ser vivido
É o nosso e só nosso
e por ser tão diferente
dou tudo o que posso
de corpo e mente.
Amo-te...
Sempre, para sempre- Donna Maria

Tudo começou numa noite em Janeiro...


Cada vez mais acredito que a vida conspirou sobre nós... estavamos então numa noite de Janeiro, tudo aconteceu depressa de mais... não sai com o propósito de o Cupido me acertar, estava bem longe de querer que isso me acontecesse, mas aconteceu... e parece que foi aí que tudo começou... mas não. Tudo começou quando te vi pela primeira vez, senti-me dentro de um filme mudo, o tempo parou, as pessoas articulavam palavras, as quais eu não ouvia, tudo parecia tão em câmara lenta. A cabeça virava-se para aquele monitor mas os olhos... esses corriam a sala de uma ponta à outra à tua procura. Senti-me estranho, conseguia ouvir o meu fôlego e o bater do meu coração... o que se estaria a passar comigo? Perguntei-me. Nunca me tinha sentido assim... tudo se foi desenvolvendo... conhecemo-nos... falamos... tomamos pequenos almoços juntos... construímos uma amizade... dai a pensar que “poderias ser tu a tal” foi um pulo. Hoje passado quase um ano depois daquela noite inesquecivel acredito que o destino nos quis juntar... por algum motivo... mas acredito que tudo tem o seu momento de acontecer e o nosso foi naquela noite. E sim tive razão “tu és a tal”…Era contigo que eu sonhava mesmo antes de te conhecer, mesmo antes de saber o timbre da tua voz, o sabor do teu beijo... o prazer do teu olhar... das tuas caricias... o teu cheiro... era contigo, entendes? Tu levas-te me a acreditar que os sonhos podem acontecer, porque afinal de contas, “sempre que o homem sonha o mundo pula e avança”. Serás sempre para mim o meu começo... sim, porque contigo tudo se torna novo... parecendo que não conheço nada... Ouço o meu eco no silêncio, quero-me encontrar e não consigo, pareço que estou tão longe, sabes onde estou? Eu sei que sabes...estou aí ao pé de ti, nunca sai daí...estou na tua sombra, deambulo nas tuas palavras, brinco na tua imaginação... distraiu-me no teu corpo... acaricio o teu sorriso... como adoro o teu sorriso e o teu olhar! As noites são longas mas sonho contigo... depois acordo, e não estás...Levanto-me mais vazio, arranjo-me e saio para a rua...O sol lá no alto brilha e aquece toda saudade que já levo de ti em tão poucas horas desde que estive contigo... Assim te sinto... assim te quero... assim te amo.