Pediram-me para escrever algo de mim…têm a certeza? Ok… aqui vai!
Do pouco que posso confessar: o meu filme preferido continua a ser The butterfly effect, mas deliro com a banda sonora do Pulp Fiction, embora a musica que me faz parar é o "Tudo o que eu te dou" do Pedro Abrunhosa. Quando era pequeno tinha a certeza de que podia voar e atirei-me da janela abaixo: ganhei uma cicatriz no joelho – é a minha preferida (e sim, tenho muitas). Não suporto a mania das grandezas e a gabarolice pegada. Parti a cabeça quando me aventurei a descer as escadas com o meu triciclo…(a minha primeira grande cicatriz, tinha uns 5 anos) foi a minha maior aventura! Acredito no amor depois das mais amargas desilusões. Depois faço de conta que não acredito: e não convenço ninguém disso. Não consigo fingir. Quando me apaixono pareço o ser mais miserável à face da terra e usam e abusam de mim, dos meus sentimentos, depois, levo imenso tempo a retomar o sentimento de ser a pessoa mais radiante do mundo. Tenho dificuldade em esquecer quem amei... neste caso quem amo, porque amo de verdade apesar de tudo. O meu filho é a pessoa mais especial que tenho – admiro-o até ao infinito – e nunca terei vergonha de o confessar a toda a gente.
Quero viajar mais, muito mais. Penso muito antes de falar e coro tão facilmente que chega a ser embaraçoso. Rio e choro com muita facilidade. Sou absolutamente viciado em música. Adormeço sempre com a mesma melodia na cabeça: canto-a para mim. Tenho orgulho na minha pronúncia lisboeta e até posso não perceber muito de futebol mas – ao menos sei o que é um fora-de-jogo – sou um Benfiquista de coração. Tenho um carinho desmedido por Arcos de Valdevez: fez-me crescer como pessoa. Resmungo por tudo e por nada. Consigo magoar as pessoas mais chegadas só com o meu silêncio. Às vezes não sei medir as palavras: arrependo-me do que digo. Ainda assim, arrependo-me sempre mais pelo que aguento calar. O humor - mesmo que seja negro - é fundamental para eu respirar. Façam-me rir com vontade e todos os problemas se vão num repente. A ironia, para mim, é uma arma eficaz contra os ignorantes. Adoro a inocência das crianças – embora não esteja a ser o pai que sempre desejei ser mas sei que tenho jeito – e sonho secretamente em o seu de novo. Ter um filho por amor é a maior dádiva de todas. Tenho a mania que tenho de ser eu a proteger toda a gente e, na maior parte das vezes, sou eu quem precisa de protecção. Acredito na astrologia: mais de metade dos meus azares devem advir do meu signo malfadado (às vezes muito me rio da minha estupidez!). Tenho medo de abelhas, todos os bichos asquerosos são relativamente suportáveis em comparação àquele zumbido irritante, mas aprendi a adorar borboletas…viciei-me nelas. Não preciso de uma casa grande para me sentir realizado. Sou feliz com as coisas mais simples. Luto contra mim todos os dias para já não fazer planos para a manhã seguinte. Já fui menos organizado. Fico envergonhado quando me elogiam. Tenho ataques de riso incontroláveis. As minhas gargalhadas podem ser uma verdadeira anedota. Não gosto do meu nariz e adoro as minhas mãos – mesmo que os dedos sejam tortos de tanto roer as unhas! Sou o primeiro a criticar-me, muito! Por todas as razões e mais algumas, gostava de acreditar mais em mim. Preciso de ser salvo: só não o admito a mim próprio. Quando não gosto das pessoas, dificilmente consigo disfarçar a antipatia. Sou mais teimoso que os burros. Não acredito em mulheres perfeitas. Quando gosto das pessoas ofereço o meu maior sorriso. Gosto de francesinhas, de jogar matrecos, ir a bares de karaoke mesmo não saber cantar minimamente. Nunca fui aos Açores mas adorava lá ir. Sou tímido até ao limite do impossível mas quando estou nervoso rio-me e falo pelos cotovelos. Acho que sou difícil de aturar – e sou mesmo. Sou preguiçoso para cozinhar mas quando o faço (e gosto de o fazer) sai sempre bem. Gosto de comer e beber bem. Sinto-me sozinho muitas vezes. Não gosto de preocupar ninguém mesmo que isso preocupe quem me conhece. Gosto de ler mas, de preferência, em sossego. Invento teorias surreais: imaginação não me falta. Chamo os empregados antipáticos nos cafés para me atenderem – acabam por se tornar mais atenciosos depois. Sou louco por sangria, principalmente pela minha… uuummm. Consigo afeiçoar-me aos defeitos dos outros. Não vivo sem café. Não sobrevivo sem abraços mas raramente os peço. Aprendi a perdoar muito cedo, mas ainda não esqueci. Sou pessimista por natureza mas dou a maior força a quem me está perto. Nos dias bons, sei gostar de mim. Escrevo porque não sei. Escrevo para não enlouquecer. Não vou à bola com o meu segundo nome. Sou um espírito da contradição. Quero ser melhor todos os dias e raramente consigo. Gosto de dar sem esperar nada em troca. A competitividade não é para mim. Não sou muito ligada à família. Gostava de ser mais independente. Chorei num concerto do Pedro Abrunhosa e jurei para nunca mais. Saio de propósito para andar à chuva. Não gosto de falar ao telemóvel. Sinto-me um adolescente de vez enquando. A seguir, lembro-me que tenho 34 anos e idade para ter juízo. Tenho dias de ter juízo a mais. Admiro pessoas diferentes de mim. O mar acalma-me. Tenho saudades do meu filho. Tenho orgulho nos meus amigos, embora ultimamente muitos me tenham decepcionado e eu a eles. Falo muito deles - é imediato - quase nem dou conta disso. No fundo, bem lá no fundo, também aprendi a gostar de mim - mesmo com erros às costas. Amo a pessoa que mais me magoou… e continuo a amar… não devia…eu sei! E com isto, fico por aqui. Conclusão: não aguento a desordem estuporada da vida. E pronto… já tiveram muito que ler.
Do pouco que posso confessar: o meu filme preferido continua a ser The butterfly effect, mas deliro com a banda sonora do Pulp Fiction, embora a musica que me faz parar é o "Tudo o que eu te dou" do Pedro Abrunhosa. Quando era pequeno tinha a certeza de que podia voar e atirei-me da janela abaixo: ganhei uma cicatriz no joelho – é a minha preferida (e sim, tenho muitas). Não suporto a mania das grandezas e a gabarolice pegada. Parti a cabeça quando me aventurei a descer as escadas com o meu triciclo…(a minha primeira grande cicatriz, tinha uns 5 anos) foi a minha maior aventura! Acredito no amor depois das mais amargas desilusões. Depois faço de conta que não acredito: e não convenço ninguém disso. Não consigo fingir. Quando me apaixono pareço o ser mais miserável à face da terra e usam e abusam de mim, dos meus sentimentos, depois, levo imenso tempo a retomar o sentimento de ser a pessoa mais radiante do mundo. Tenho dificuldade em esquecer quem amei... neste caso quem amo, porque amo de verdade apesar de tudo. O meu filho é a pessoa mais especial que tenho – admiro-o até ao infinito – e nunca terei vergonha de o confessar a toda a gente.
Quero viajar mais, muito mais. Penso muito antes de falar e coro tão facilmente que chega a ser embaraçoso. Rio e choro com muita facilidade. Sou absolutamente viciado em música. Adormeço sempre com a mesma melodia na cabeça: canto-a para mim. Tenho orgulho na minha pronúncia lisboeta e até posso não perceber muito de futebol mas – ao menos sei o que é um fora-de-jogo – sou um Benfiquista de coração. Tenho um carinho desmedido por Arcos de Valdevez: fez-me crescer como pessoa. Resmungo por tudo e por nada. Consigo magoar as pessoas mais chegadas só com o meu silêncio. Às vezes não sei medir as palavras: arrependo-me do que digo. Ainda assim, arrependo-me sempre mais pelo que aguento calar. O humor - mesmo que seja negro - é fundamental para eu respirar. Façam-me rir com vontade e todos os problemas se vão num repente. A ironia, para mim, é uma arma eficaz contra os ignorantes. Adoro a inocência das crianças – embora não esteja a ser o pai que sempre desejei ser mas sei que tenho jeito – e sonho secretamente em o seu de novo. Ter um filho por amor é a maior dádiva de todas. Tenho a mania que tenho de ser eu a proteger toda a gente e, na maior parte das vezes, sou eu quem precisa de protecção. Acredito na astrologia: mais de metade dos meus azares devem advir do meu signo malfadado (às vezes muito me rio da minha estupidez!). Tenho medo de abelhas, todos os bichos asquerosos são relativamente suportáveis em comparação àquele zumbido irritante, mas aprendi a adorar borboletas…viciei-me nelas. Não preciso de uma casa grande para me sentir realizado. Sou feliz com as coisas mais simples. Luto contra mim todos os dias para já não fazer planos para a manhã seguinte. Já fui menos organizado. Fico envergonhado quando me elogiam. Tenho ataques de riso incontroláveis. As minhas gargalhadas podem ser uma verdadeira anedota. Não gosto do meu nariz e adoro as minhas mãos – mesmo que os dedos sejam tortos de tanto roer as unhas! Sou o primeiro a criticar-me, muito! Por todas as razões e mais algumas, gostava de acreditar mais em mim. Preciso de ser salvo: só não o admito a mim próprio. Quando não gosto das pessoas, dificilmente consigo disfarçar a antipatia. Sou mais teimoso que os burros. Não acredito em mulheres perfeitas. Quando gosto das pessoas ofereço o meu maior sorriso. Gosto de francesinhas, de jogar matrecos, ir a bares de karaoke mesmo não saber cantar minimamente. Nunca fui aos Açores mas adorava lá ir. Sou tímido até ao limite do impossível mas quando estou nervoso rio-me e falo pelos cotovelos. Acho que sou difícil de aturar – e sou mesmo. Sou preguiçoso para cozinhar mas quando o faço (e gosto de o fazer) sai sempre bem. Gosto de comer e beber bem. Sinto-me sozinho muitas vezes. Não gosto de preocupar ninguém mesmo que isso preocupe quem me conhece. Gosto de ler mas, de preferência, em sossego. Invento teorias surreais: imaginação não me falta. Chamo os empregados antipáticos nos cafés para me atenderem – acabam por se tornar mais atenciosos depois. Sou louco por sangria, principalmente pela minha… uuummm. Consigo afeiçoar-me aos defeitos dos outros. Não vivo sem café. Não sobrevivo sem abraços mas raramente os peço. Aprendi a perdoar muito cedo, mas ainda não esqueci. Sou pessimista por natureza mas dou a maior força a quem me está perto. Nos dias bons, sei gostar de mim. Escrevo porque não sei. Escrevo para não enlouquecer. Não vou à bola com o meu segundo nome. Sou um espírito da contradição. Quero ser melhor todos os dias e raramente consigo. Gosto de dar sem esperar nada em troca. A competitividade não é para mim. Não sou muito ligada à família. Gostava de ser mais independente. Chorei num concerto do Pedro Abrunhosa e jurei para nunca mais. Saio de propósito para andar à chuva. Não gosto de falar ao telemóvel. Sinto-me um adolescente de vez enquando. A seguir, lembro-me que tenho 34 anos e idade para ter juízo. Tenho dias de ter juízo a mais. Admiro pessoas diferentes de mim. O mar acalma-me. Tenho saudades do meu filho. Tenho orgulho nos meus amigos, embora ultimamente muitos me tenham decepcionado e eu a eles. Falo muito deles - é imediato - quase nem dou conta disso. No fundo, bem lá no fundo, também aprendi a gostar de mim - mesmo com erros às costas. Amo a pessoa que mais me magoou… e continuo a amar… não devia…eu sei! E com isto, fico por aqui. Conclusão: não aguento a desordem estuporada da vida. E pronto… já tiveram muito que ler.
3 Desabafos:
Meu caro amigo:
Simplesmente fantástico!
Adorei! Deve de ser uma pessoa fantástica. Tenho seguido o seu blog e por aqui tenho o conhecido. Já faz parte da minha consulta diária quando venho à internet, não dispenso! Por favor continue a escrever.
Um abraço deste seu leitor e amigo.
Carlos Freitas.
gosto de textos assim. composto de palavras simples. e pedacinhos complexo de nós. é difícil falarmos de nós próprios mas quando começamos com sinceridade o difícil torna-se pararmos. também coro, demoro a confiar, mas quando confio, entrego-me. não consigo parar de acreditar. no amor e nas coisas boas da vida. apesar das desilusões. enfim, é a teimosia :)
Mas que texto, deve ter levado o seu tempo a escrever ...
Adorei, mto bom mesmo ...
Escrever sobre nós é sempre ingrato, mas saiu uma perfeição!!!
Beijos Anjo Negro
Enviar um comentário